O Senhor Stein abriu o seu diário, e escreveu: eu nunca serei ninguém. Pensou bem sobre o que havia escrito, e assentiu com a cabeça. Acrescentou ainda mais uma ideia: eu sou um indivíduo estranho. E, mais uma vez, depois de bem pensar, concordou. Gostava deste exercício de escrever, para depois pensar. O Senhor Stein sabia, de uma forma muito sua, insondável, que a escrita não lhe pertencia, que provinha da cabeça de alguém que, depois de escrever, fechava o seu caderno e abanava, afirmativamente, a cabeça.
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