A manhã acordou, maquinalmente. Fui eu que abri os botões de seda do seu vestido matinal, quando a noite começou a findar-se, devagarinho, quase sem incomodar. O dia rompeu, adormecendo a lua, o negrume da noite, o esplendor longínquo das estrelas, uma a uma. Também é assim que a vida se constrói, uma recusa ao tempo, mas que mesmo assim avança contra ele, com vento a favor, até um dia... Como terminar a vida, se ela renasce todos os dias? Como negar-te a existência, se a horas certas principias?
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