sexta-feira, 1 de julho de 2011

Autoamerican


Há quem diga, e eu concordo, que Autoamerican é o Sargent Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Blondie. Grande definição! Este é o disco que mais me fascinou até hoje, dos vários que a banda norte americana já gravou. Quando surgiu, e durante muitos e muitos meses, não ouvia outra coisa de maneira tão insistente como ouvia Autoamerican. Europa, numa primeira escuta, deixou-me arrasado (pareceu-me um início de soundtrack de ficção científica), deixou-me fascinado, rendido. Live It Up (que até hoje me parece ser uma canção que o mundo nunca escutou com a devida atenção) é brilhante; Here's Looking At You foi um prenúncio (inconsciente) dos embalos jazzísticos que mais tarde soariam tão bem na voz de Debbie Harry. Sobre The Tide Is High e Rapture a história já tudo afirmou. Mas Autoamerican tem muito mais: tem Angels On The Balcony (das melhores canções de sempre dos Blondie), tem Faces, tem Do The Dark, T-Birds (forte, potente, um autêntico furacão), Go Through It, Walk Like Me (outro furacão sonoro) e Follow Me, que fecha com chave d'ouro esta quinta aventura de Debbie, Stein, Burke, Destri, Infante e Harrison. Mike Chapman continuava a fazer milagres na produção, embora a banda já desse claros sinais de desmembramento. A crítica foi muito diversa na forma como se referiu ao disco, o que não é de espantar, tal a diversidade dos temas e dos estilos de Autoamerican. Para mim, fiel e atento fã dos Blondie, este é um marco incontornável no meu percurso de ouvinte. A ouvir, sempre e sempre mais uma vez.


(contra-capa de Autoamerican)

1 comentário:

Unidade de Carbono no Palido ponto Azul disse...

Marco da banda. Não é meu preferido, mas é um marco. Rapture foi primeiro RAP na historia a atingir o número 1 das paradas.

Debbie e Cia fizeram história para a comunidade negra.