(Vespertine: capa original)
Estávamos em 2001 quando Bjork nos deu Vespertine. Na altura, a islandesa referiu-se a ele não como um simples disco, mas mais como um sentimento: quando lá fora neva há dias e estamos em casa, intimamente radiantes, com um cacau quente entre as mãos. Vespertine é a obra maior de Bjork, na minha opinião. É quase um disco de música de câmara com elementos eletrónicos, apenas por instantes tocado pela excentricidade bjorkiana, que tão bem conhecemos. Na capa, Bjork aparece vestindo um swan dress (de Marjan Pejoski) que marcou a época de Vespertine. A pose e a face de Bjork sugerem interpretações sensuais, a boca entreaberta, os olhos fechados, os braços parecendo contorcer-se ligeiramente... A imagem, no entanto, transparece pureza. Os tons são pálidos, uma quase luz, uma quase sombra. Um cisne, desenhado, parece erguer-se de um outro, adormecido. A fotografia da capa pertence a Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. O que desse imaginário saiu pertence a todos nós...
(uma outra Bjork)
(e mais outra Bjork)
(e uma última Bjork, em estilo South Park,
lembrando a contracapa de Vespertine)
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