quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bjork: imaginários (VI)


(Volta, capa original)

Volta surgiu em 2007. Sobre o curioso título (tão português...) Bjork escolheu-o por saber, depois de googlar bastante, que ele significa várias coisas: que é o apelido do físico italiano que inventou a pilha voltaica (Alessandro Volta, 1745-1827), um rio africano feito pelo homem, uma lagoa também feita por mãos humanas (Lake Volta), e uma dança medieval muito difícil de dançar, segundo a minha islandesa preferida. Assim, juntando-se a energia da pilha, o ambiente marinho de rio e lagoa, mais a dança de tempos ancestrais... percebemos melhor o que é Volta. O que Bjork não sabe, suponho eu, é que Volta quer dizer, por exemplo, regresso, e isso é algo que me apraz sempre registar. Gosto mais de Volta hoje do que quando apareceu. Cresceu em mim, aos poucos, lembrando a energia de um rio que dança uma linguagem cada vez mais próxima dos meus ouvidos. E assim, o que Volta é (nas palavras de Bjork) está de acordo com o que eu sinto. Sintonia e imaginário perfeitos. Antes de ter encontrado o título pretendido, Bjork verificou que as palavras "voltage" e "voodoo" (que aparecem nas letras das canções do disco) lhe pareciam sintonizadas. Depois, como se disse antes, o Google fez o resto.
A imagem da capa pertence a Nick Night, e a escultura que molda o corpo da cantora é de Bernhard Willhelm.

(associado à excentricidade de Carmen Miranda)

(associado à obra prima que é Vespertine)

(associado ao imaginário dos candy)

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