De quando em vez regresso a The Dreaming. Apesar de ser um disco bem datado, encerra ainda, em mim, um vivo e perturbador fascínio. As letras das canções são, nesse sentido, um aspeto importante, bem como as estranhas melodias que as mesmas apresentam. No entanto, o que importa hoje é a capa, tão simbolicamente perfeita. Repare-se nas correntes, nos corpos unidos, na boca entreaberta de um beijo por acontecer, na aliança sob a língua de Kate Bush, e sobretudo no olhar, que até hoje me encanta e perturba, de tão sugestivo que é. Teria cerca de 15 anos quando vi e ouvi The Dreaming pela primeira vez. A imagem da capa ainda hoje me diz muito, e por isso teria lugar cativo numa sala que fosse minha.
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