quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Precária lucidez

Tenho o diabo no corpo, graças a Deus! E nem Deus nem o diabo são quem sou. Para saberem ao certo o que vai em mim, tenho de vos falar de muitos dias preenchidos e outros tantos por preencher, de muitos encontros, de muitas fugas, de muitas manhãs que nunca tiveram fim. Do sangue e das crostas que produz a vida, de cacos onde roçar as veias de vidro, de precipícios por onde andei, no limite da insensatez. E por isso peço a Deus e ao diabo e a quem me ouve, que entendam a minha precária lucidez.

1 comentário:

Artur Guilherme Carvalho disse...

Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito Bom. Abraço