sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sonhos eternos de inverno

O Senhor Stein encontra-se, neste momento, a espreitar a rua, na janela da sua sala. Chove lá fora, faz frio, a cor enegrecida das nuvens parece ser eternamente duradoura. Ouve-se, dentro de casa, e em baixo volume, o final da Sinfonia nº1 de Tchaikovski, Sonhos Diurnos de Inverno. Se houvesse alguém na rua a observar a cena descrita, tenderia a perceber, seguramente, uma certa tristeza indefinida naquela personagem, e em todo o ambiente que a envolve. E se, para além disso, conseguisse ouvir o que ouve o Senhor Stein enquanto olha para a rua, não teria dúvidas sobre os pesadelos da solidão humana.

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