sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os Dias da MadreDeus



O primeiro trabalho dos Madredeus já tem 25 anos (quase 26, para ser mais exato), e dei conta disso há poucos minutos atrás, antes de iniciar a escrita deste post. Ouço-o enquanto alinhavo estas linhas. Afinal, paradoxalmente, o tempo parece não ter passado tanto assim, uma vez que recordo com perfeição quase todos os sons, quase todos os versos deste disco. Há muito que não ouvia Os Dias da MadreDeus, e hoje percebi que nem sequer o tinha em cd, quando o descobri numa loja em segunda mão, que costumo frequentar. Trouxe para casa o disco, e um punhado de memórias do tempo em que surgiu, em 1987. Recuei ainda mais um pouco, até aos tempos de liceu, e lembrei-me da Teresa Salgueiro, aluna (como eu) do Liceu Nacional de Queluz. Lembrei-me também do Franciso Ribeiro, que conheci mais tarde, quando os Madredeus se lançaram na aventura de se tornarem grandes e famosos, por intermédio de uma amiga e colega de faculdade que o conhecia desde criança. Assisti aos seus primeiros concertos, certo da grandeza daqueles artistas, e pressenti a importância histórica de estar ali naqueles momentos. Mas o tempo foi mesmo passando... O Francisco faleceu, a Teresa já não canta nos Madredeus, mas ainda estão bem juntos quando ponho a tocar os primeiros acordes d'As Montanhas, ou quando ouço os primeiros versos d'A Sombra, primeiras faixas do magnífico Os Dias da MadreDeus



(Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Muñoz - depois conhecido como Rodrigo Leão -, Gabriel Gomes, Maria Teresa Salgueiro e Francisco Ribeiro)

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