sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Casa


Também as casas envelhecem. Também o sangue cor de tijolo não resiste às intempéries da vida. Era tão bonita, cheia de sol, de risos entre paredes, de alegrias de crianças que corriam mais depressa do que o vento. Esta era a minha casa. Este foi o berço do que sou. Ainda hoje não percebo porque ficou assim. Porque resolveu mostrar o avesso do que era, porque não quis ficar límpida e perfeita como sempre a vi... Talvez para não me fazer sentir mais velho, para que não olhasse para ela e visse nos seus contornos a alegria de um tempo que findou. Ou talvez porque morre sempre primeiro quem mais gosta de nós.



*esta imagem foi retirada do site http://olharmacro.blogspot.com/

7 comentários:

Lourenço Marques? disse...

Capítulo IV recebido do Redjan!
Capítulo V, desculpem qualquer coisinha!
Capítulo VI entregue ao Wolf!

Wolf disse...

Chapter VI done!

Anónimo disse...

Não é que eum mais gosta de nós morra primeiro....é que sentimos mais a morte de quem nos gosta, porque gostamos tanto que nos gostem...e gostamos tanto de gostar...e porque tudo tem um fim, e há coisas que o tempo e a vida teimam em nos mostrar....

Beijo de gata...

Anónimo disse...

Não é que quem....ai!!


)

Carlos Lopes disse...

gata: isto é só escrita. Não estou transtornado por morte nenhuma, felizmente. Kiss grande.

redjan disse...

carlos: é só escrita e casas de ventre ao léu .... deixa, a casa pôs-se assim para que a visses e lhe desses mimo ! Elas são como as crianças ... que um dia souberam proteger!!

Carlos Lopes disse...

É isso mesmo redjan, é isso mesmo. ;-)
Um abraço.