quarta-feira, 7 de novembro de 2007

No interior das palavras

O deslumbre do momento
a revelação
primordial

As palavras
em estado puro
virginal
sintonia perceptível
com o seu próprio
respirar

A nudez absoluta
transparente
óssea
celular
em claridade
indescritível

Só por dentro
das palavras
se encontra o indizível

4 comentários:

Cati disse...

Se me permite a intromissão, eu chamar-lhe-ia VERDADE... é nessa palavra que este poema me faz pensar. Um beijinho!

Carlos Lopes disse...

Pois, talvez pudesse ser como dizes. Mas não "calhou" assim ;-)
Preparada para amanhã?

Dani disse...

E neste canto da blogosfera encontramos um verdadeiro conhecedor... do interior das palavras...

Carlos Lopes disse...

Um admirador de palavras, daniela. E é tudo ;-)