terça-feira, 22 de abril de 2008

Existir

Não pedia nada. Não falava, respirava a medo, como se temesse não ter mais ar para respirar. Não sabia que futuro teria, nem tinha certamente ideia do que isso era. Era assim a sua vida, uma aflição em cara de anjo caído nas desgraças do mundo. E era também criança. Criança que brincava até o corpo se cansar. As horas passavam, os dias também. E somente os olhos escondiam a verdade que nem mesmo Deus parece conhecer: a verdade de existir sofridamente.

* esta imagem foi retirada do site http://olharmacro.blogspot.com/

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