quinta-feira, 5 de junho de 2008

Uma voz

Maria Bethânia foi sempre uma intérprete que nunca me fascinou. Sempre gostei, mas nunca convivi muito de perto com a sua música. A única excepção é o álbum Ciclo, disco absolutamente imprescindível, mas que para este post pouco interesse tem.
Neste último ano e meio o meu convívio com a intérprete baiana tem-se estreitado. E de tal forma que por vezes é com um surpreendente prazer que volto aos seus trabalhos mais antigos. Ouvi-la é cada vez mais um prazer que guardo para certos momentos, doseadamente. A idade também traz destas coisas, uma outra capacidade de ouvir o que os ouvidos mais moços iam, de alguma forma, recusando. Uma outra compreensão das palavras cantadas por uma voz forte e intemporal. Talvez seja isso, talvez não. Pouco importa. Importam mais as descobertas dos dias que correm...

* pela primeira vez na sua história (desde 1981), o Prémio Shell para a Música Brasileira foi atribuído a uma intérprete e não a um compositor. Maria Bethânia foi a contemplada. A minha vénia fica aqui registada.

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