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No dia em que fiz 27 anos (2/10/94) o meu amigo
Janeca deu-me um cd de um músico que não conhecia. Tratava-se de
Wim Mertens. O disco dá pelo nome de
Stratégie De La Rupture e tornou-se desde essa data uma referência para mim. Tanto assim foi que fui comprando vários discos do talentoso compositor belga, mas nenhum me toca tanto como o que me foi oferecido há 14 anos atrás. Virtuoso do piano, minimalista devoto,
Wim Mertens seria certamente escolhido para compor uma eventual banda sonora do Paraíso.
Stratégie De La Rupture é um disco belo, de uma elegância transcendente, encontro perfeito para a voz alta de
Mertens, apenas acompanhada ao piano tocado pelas suas próprias mãos.
Neste Museu dos Melhores Discos do Séc. XX,
Stratégie De La Rupture ocupa um espaço que o distingue de todos os outros, talvez por ser mais luminoso, mais resplandecente, com um
sotaque sonoro muito próprio. É uma obra com travo clássico, piscando o olho às canções - àquelas canções que nos podem marcar para a vida inteira -, mesmo não se tratando, verdadeiramente, de canções. É
Wim Mertens, e isso já diz mais do que qualquer texto a propósito.
* já passou tanto tempo... Será que ainda te lembras de me teres dado este disco, Janeca?
3 comentários:
Claro que me lembro.
Ainda o ouço.
Ainda o ofereço aos mais distraídos. E a reacção das pessoas é sempre a mesma.
É bom sinal não é?
Haré caso a tu recomedación, Carlos.
Y te seguiré leyendo.
Gracias por pasarte por mi blog!
(Amo a Lisboa...!)
Besos!
Há uns anitos (para aí 5 ou 6) fui ao Porto e vim no mesmo dia só para o ver no Coliseu - para lá e para cá só o ouvimos.
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