segunda-feira, 14 de junho de 2010

Passou à minha frente, num repente. Apenas lhe fixei a forma de anjo que vestia. Ao abrir os olhos, naquele balbuciar de pálpebras que sentimos ao acordar, a figura alada de um qualquer desejo fez-se luz. Era, talvez, um anjo. Um anjo tardio, que ficara a bailar na noite até aos primeiros raios de sol. E assim, no passo largo das almas que voam, deixou o mundo que nesse instante acordava para regressar ao seu tempo, à sua casa.

* imagem retirada daqui.

Sem comentários: