De que me lembro eu, se a memória tudo turva, se a memória tudo tende a apagar? Sei que eras sinuosa, e confesso que ainda julgo ter como certas, certas medidas que a mão nunca esqueceu, certos contornos, certos gestos, talvez até o tom de voz ainda permaneça em mim, como no tempo em que era assim que existíamos. Tempo sem tempo e sem lugar! Onde o que fomos só existe na inexistência de lembrar.
* imagem retirada deste fantástico lugar.
What can I recall, if my memory blurs everything, if memory tends to erase everything? I know you were winding and I confess I think I still feel sure of certain ways my hand has never forgotten,certain shapes,certain gestures,perhaps even the tone of your voice still remains inside me, back to the time when that was the way we lived in. Timeless time, nowhere time. The place where what we were just exists in the inexistence of remembering.
** traduzido pela minha amiga Ana Serôdio, a quem agradeço.
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