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Sempre soubera o seu lugar no mundo. Seria, talvez, a sua única grande certeza na vida. As cores da terra, o cheiro das folhas, pequenas veias de hera correndo exteriores ao corpo, a seda azul distante e altiva, lá em cima, a fazer de céu o tempo inteiro. Só assim gostava de existir. De estar perto das coisas rasteiras, porosas, terrenas. Era um apelo implacável: deitar-se no chão e ficar ali, estendido, como se fosse terra também. As mãos agarrando ervas, pequenas raízes, restos que a terra nos dá.
Nesses momentos - e esse era o prazer supremo -, sentia fazer parte de uma grande tela pintada por um deus imensamente humano.
*esta imagem foi retirada do site http://olharmacro.blogspot.com/
1 comentário:
... por um Deus feito para os homens, não por eles !!
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