
O processo já começou, aos poucos. Amanhã, rumo ao sul. Estou quase a desaparecer...
No rosto desenha-se a história da vida que vivemos. Marcado com traços escuros, rugas sombrias e sofredoras, ou resplandecente, imagem clara e luminosa de uma vida quase divina. Somos terrenos e só a essa condição nos remetemos. Mas a terra não é toda igual, e a vida muito menos. No rosto temos também um pedaço de desejo, talvez nos lábios ou no olhar. Temos as vontades, as memórias, no rosto temos uma vida inteira, até ser tempo de adormecer...
Se tivesse de escolher o disco para este verão, seria este: Beautiful Future, dos Primal Scream. É um trabalho cheio de sol, tórrido, a puxar o pé para a pista de dança (expressão perigosa para definir um disco, mas que aqui deve ser entendida como coisa positiva), cheio de grandes e vibrantes canções, excessivas, como não poderia deixar de ser vindo destes terroristas sónicos de Glasgow. Bobby Gillespie está em grande forma e isso quer dizer que o disco é bem melhor do que o mediano Riot City Blues, disco anterior, de 2006. As letras das canções são verdadeiras pérolas pop, apocalípticas, como por exemplo "Empty houses/ burning cars/ naked bodies hanging from the trees". A festa está garantida: é só entrar, que é bar aberto!
No dia 25 de Março de 2008 escrevi um post sobre a Mojo Books. Nele informava, em breves linhas, sobre o conceito do site e dizia também que lhes tinha endereçado um conto original, inspirado no primeiro LP dos Blondie. Hoje, finalmente, chegou a resposta: vai ser publicado online!
Olá. Sim, sou eu mesma. Estou a pedir-vos um pouco de atenção. Mas ouça, deixe de olhar para os meus olhos azuis e para os meus lábios carnudos. Estou aqui para lhe dizer que o blog da Sofia tem cara nova e que vale bem a pena visitar. E não digo isto pelo new look que apresenta. Esse está fantástico, não há dúvida. Mas há por lá muitos outros motivos de interesse: escreve-se bem naquele sítio, há um certo sentido de humor muito particular, música a girar, um paraíso para descansar os olhos... E muito verde, verde até perder de vista.
Ando há muito tempo a querer escrever um post sobre este disco. Este "difficult third album" de Billy Bragg é um dos que mais gosto da sua discografia. Para começar, tem uma das melhores canções pop que conheço: Greetings To The New Brunette. Mas há (muito) mais. Tem The Marriage ("love is just a moment of giving/ and marriage is when we admit our parents were right"), Ideology, Levi Stubbs' Tears (a guitarra, crua, parece que nos chicoteia), The Passion ( "and sometimes it takes a grown man a long time to learn/ just what it would take a child a night to learn") e tantas outras pérolas bragguianas. A capa do disco é, só por si, uma delícia. Imagem bem representativa da ideologia do músico inglês (nascido em Essex, a 20 de Dezembro de 1957), este é um disco de combate, como são, aliás, todos os seus primeiros álbuns. Combate por uma causa política, por uma forma honesta e independente de fazer música, por um lugar na história. Na minha história musical, Billy Bragg entrou pela porta grande e ainda lá se encontra. Devo essa alegria ao meu amigo Jorge. Bem hajam os dois.
Após terem feito o anúncio de terminarem por algum tempo a sua actividade enquanto banda, a vontade de vê-los e ouvi-los de novo tem crescido bastante. Falo de Los Hermanos, claro está. Daí que seja óptima a notícia do duplo lançamento (cd e dvd) dos shows da curtíssima temporada de despedida, na Fundição Progresso (RJ), em Junho de 2007. É já em Agosto, pelo menos no Brasil. Espero que por cá também os Los Hermanos voltem a dar um ar da sua graça, mesmo que não seja com novo disco de originais. Talvez um dia isso volte a acontecer...
É já no próximo dia 24 que estreia por cá o novo Batman, filme de Christopher Nolan. The Dark Knight traz-nos de novo a mítica figura do homem-morcego e também a do seu antigo e risonho rival, The Joker. Sempre fui fã de Batman e adoro ver os filmes mais antigos e as clássicas séries de televisão dos anos 60. Nas brincadeiras de miúdo gostava de ser o Robin, figura que tem perdido algum destaque nos anos mais recentes.
O Circo tem 215 anos de existência. Na verdade, isso pouco ou nada me interessa. Nunca gostei de circo, nem mesmo em criança. E não me venham falar desses circos sofisticados, do género Le Cirque du Soleil... Compreendo que o defeito possa ser meu, mas nada posso - nem quero - fazer para mudar de opinião. A verdade é que descobri umas fotos que talvez ajudem a perceber o meu profundo desprezo pelo mundo circense... Podem ver aqui, com mais detalhe, a foto que encima este post.
Se quiserem detalhes, cliquem aqui. Podem até escolher a figura que mais vos atrai e comentá-la. Deixo a sugestão.
Não deixes que o susto permaneça em ti, colado ao rosto. Já passou. Já tudo passou, já nada mais importa. Tenta esquecer os momentos mais duros da vida. Agora tenta olhar em frente, tenta sorrir quando raiar o sol lá fora, quando o sol raiar em ti. Os teus olhos pedem esse milagre. Não os deixes em lágrimas uma vez mais. Os teus olhos são da cor da esperança e isso é sempre um bom sinal.
* pode fazer o download da aplicação em http://rep.sosiphone.com
Hoje à tarde ouvi o duplo cd Rufus Wainwright - Live at Carnegie Hall. E ouvi-o de seguida! Já não é a primeira vez que o faço, aliás. Às tantas dei comigo a pensar, enquanto outra parte do pensamento bailava ao ritmo das canções, que há dois ou três anos atrás não me atreveria a ouvir de rompante um disco como este. Estes musicais - convém esclarecer que o disco de que falo é a réplica do célebre concerto que Judy Garland deu no mesmo local, em 1961 - nunca fizeram grande alarido nos meus ouvidos. Nunca. Talvez este seja um disco especial... Talvez. Ou então é outra a razão. A beleza das canções, os arranjos, a interpretação do meu muito querido Danny Boy (Rufus não lê português, por isso escrevo isto sem temer vir a lamentar ser vítima de olhares mais ou menos insidiosos) ou talvez a grandiosidade da voz do prodígio canadiano/americano... Pode ser que seja tudo isto. Prefiro pensar que sim.
Beck está de volta. É sempre um regresso que me deixa contente. Já não ouvíamos um disco de Beck Hansen desde The Information, editado em 2006. Agora apresenta-nos Modern Guilt, produzido uma vez mais por Danger Mouse. É um disco curto, muito curto mesmo. Mas os seus 33 minutos mostram Beck em grande forma. A começar pela good old fashioned cover art...
The Dark Night estreia a 18 de Julho, mas só lá fora, julgo eu. Sempre fui seguidor dos filmes de Batman. Sempre gostei do ambiente à Tim Burton, soturno, denso, com a luz própria de universos que só existem em mundos distantes. Os posters que o publicitam são fabulosos. O filme também. O meu amigo (e ex-aluno, Leone) garante-nos que assim será.